29 janeiro 2007

I confess. I loved


Mais uma super-produção. Aliás, outra coisa não seria de esperar de Madonna e da sua “Confessions Tour”. Depois da tão aclamada “Re-Invention Tour”, que felizmente passou por Lisboa (embora o dvd tenha ficado na gaveta), e da ainda minha preferida Blond Ambition Tour (1990), vou ter que repensar o meu top de preferências em relação às tournés de Madonna.
Ontem, durante o preview do novo dvd (apesar de oficialmente só sair para as ruas amanhã, já está nas lojas desde sexta-feira) senti aquele friozinho na barriga que há muito não sentia (quer dizer, desde Dezembro, mas por outras razões, ahahahah) ao ver um concerto de Madonna. Só o posso descrever em duas palavras: simplesmente genial!
Com uma excelente produção e uma fantástica realização, este novo dvd é um rodopiar de emoções. Não é, de todo, um dvd musical convencional, e a ideia com que se fica, é de que se trata de um videoclip gigante.
Com um ritmo alucinante (apenas dois ou três momentos mais calmos em todo o espectáculo) Madonna apresenta-nos o que melhor sabe fazer: dar espectáculo. E apesar dos seus 48 anos, continua em plena forma, eu diria mesmo, melhor que nunca.
Este é, sem dúvida, um dvd para ver e rever, pois só assim será possível assimilar cada momento do concerto.
Agora sou eu que me confesso: AMEI!

27 janeiro 2007

E então recordar não é viver?

É pois! Passados tantos anos, recuei no tempo ao ver o Verão Azul. Naquela altura, tinha eu seis anos e todos os sábados a cena repetia-se. Não ia para a mesa, enquanto não acabasse o episódio do Verão Azul.
Lembro-me como se fosse hoje do fascínio que tinha por aqueles miúdos. Acho que, a cada episódio, embora sentada no sofá, me divertia tanto como eles com as suas aventuras. Aventuras reais, do dia-a-dia, de crianças verdadeiras, não de adolescentes fabricados. E como era tudo tão puro naquela época!
Hoje, ao rever o Verão Azul, senti precisamente o mesmo entusiasmo que há 25 anos atrás. Mas uma imensa nostalgia ao perceber como as coisas mudam. Valham-nos os dvd’s que mantêm as lembranças intocáveis. Porque recordar é mesmo viver. Oh se é!

19 janeiro 2007

Jobs for the boys

Mais um job for the boy, neste caso for the girl. É a podridão de país que temos. Ahahahahahah!

Informar sim, mas persuadir….

Não queria alongar-me muito mais sobre a minha posição acerca da despenalização do aborto, até porque já a deixei bem clara, mas não poderia ficar indiferente, a um artigo que li hoje no Diário de Notícias.
Não condeno os apoiantes do voto “não”, no referendo de 11 de Fevereiro próximo, cada um tem as suas opiniões e convicções, e acho que as pessoas devem ser informadas e votar em consciência. Contudo, informar é uma coisa, persuadir é outra bem diferente.
O cónego Tarcísio Alves, pároco há cinco anos em Castelo de Vide (Portalegre), disse, em declarações ao DN, que "os cristãos que vão votar 'sim' no referendo serão alvo de excomunhão automática, a mais pesada das censuras eclesiásticas", acrescentando que a excomunhão automática atinge ainda “todos os intervenientes na execução do crime, como, por exemplo, médicos e enfermeiros".
O crime a que o senhor padre se refere, é a interrupção voluntária da gravidez, mais conhecida como aborto.
Para mim não há crime maior que a pedofilia, que infelizmente tem assolado os corredores da Igreja Católica, sobretudo nos Estados Unidos, onde mais de 1500 padres foram acusados de abuso sexual de menores.
Outro dos grandes crimes é a discriminação. Seja ela qual for. No entanto, o Vaticano “proíbe” expressamente padres com tendências homossexuais tendo mesmo escrito, preto no banco (aprovado pelo Papa Bento XVI) que "a Igreja não pode admitir no Seminário e nas Ordens sacras aqueles que pratiquem a homossexualidade, apresentem tendências homossexuais profundamente enraizadas ou apoiem a chamada cultura gay."
Tão importante que como os assuntos acima referidos é a questão do alastramento da sida. Mais de 36 milhões de pessoas infectadas em todo o mundo. Uma vez mais a Igreja Católica, tem uma posição peculiar, ao condenar o uso do preservativo, o principal meio anticoncepcional de prevenção das doenças sexualmente transmissíveis.
E mais não digo.

18 janeiro 2007

Mudar mentalidades


“Os serviços públicos vão ser obrigados a criarem balcões específicos para as pessoas portadoras de deficiência, no âmbito do Plano Nacional de Promoção da Acessibilidade (PNPA), que ontem foi publicado em Diário da República”, escreve hoje o Diário de Notícias.
Mais um plano a juntar a uns tantos decretos-lei que pouco mais fizeram que deixar no papel intenções de mudança. Esperemos que desta vez, assim não seja.
Desde 1982 que sucessivos decretos-lei vêm tentando mudar mentalidades. A 8 de Fevereiro deste ano, o Decreto-Lei n.º 43/82, alterou vários preceitos do Regulamento Geral das Edificações Urbanas, consagrando normas técnicas sobre acessibilidade. As vicissitudes que sofreu este diploma, cujo prazo de entrada em vigor foi objecto de várias prorrogações e que culminou com a sua revogação pelo Decreto-Lei n.º 172-H/86, de 30 de Junho, demonstram inequivocamente as dificuldades de fazer aplicar as medidas nele consagradas. A 1 de Julho de 1986, foram aprovadas recomendações técnicas que visavam melhorar a acessibilidade das pessoas com mobilidade reduzida aos estabelecimentos que recebem público. Em 87 e 88, duas resoluções foram aplicadas, reafirmando a necessidade de eliminação das barreiras arquitectónicas no acesso às instalações dos serviços públicos.
Em 1989 com a Lei de Bases da Prevenção e da Reabilitação e Integração das Pessoas com Deficiência voltava a falar-se em facilitar às pessoas com deficiência o acesso a estes edifícios.
Finalmente o Decreto-Lei nº123/97 veio impor prazos concretos quanto às alterações a fazer no que diz respeito às acessibilidades. O artigo 4º referia que “As instalações, edifícios e estabelecimentos, bem como os respectivos espaços circundantes, já construídos e em construção que não garantam a acessibilidade das pessoas com mobilidade condicionada terão de ser adaptados no prazo de sete anos”, portanto até 2004.
Enquanto jornalista, fiz vários trabalhos sobre acessibilidade, inclusive no próprio ano de 2003 designado como “Ano Europeu da Pessoa com Deficiência”, onde me fiz acompanhar de uma arquitecta. Resultado? Pouco ou nada tinha mudado. Centros de saúde com mais do que um piso sem elevador. Acessos a edifícios públicos sem rampas de acesso, ou com obstáculos incontornáveis. 2004 terminou, sem que muitas das recomendações tenham sido cumpridas.
Em Agosto do ano passado, um novo Decreto-Lei foi aprovado. Este veio rever e melhorar alguns aspectos do anterior diploma, nomeadamente no que diz respeito ao regime jurídico de licenciamento municipal de loteamentos urbanos e obras particulares.
O novo Plano Nacional de Promoção da Acessibilidade, que vai ser desenvolvido em duas fases - 2007/2010 e 2011/2015 – veio reforçar a ideia de sensibilização e informação da sociedade em relação a este assunto.
Apesar da ineficácia dos sucessivos diplomas, espera-se que estas lufadas, venham refrescar memórias daquilo que se pode e deve fazer. É cumprir e fazer cumprir.

11 janeiro 2007

Sim, sou a favor

Eu sou a favor do aborto. Não do aborto indiscriminado. Não do aborto pensado de ânimo leve. Até porque este é um assunto sério que não envolve apenas a vida da criança que está a ser gerada. Envolve sobretudo o físico e o psicológico de uma mulher, que muitas vezes é obrigada a recorrer à interrupção da gravidez, tendo que escolher entre trazer uma criança ao mundo sem quaisquer condições (financeira ou psicológica) para a criar, ou eliminar, de raiz o sofrimento. Um sofrimento que, contudo, nunca passa.
Eu sou a favor do aborto porque Portugal não tem condições para dar apoio a mães solteiras ou jovens mães, ou mesmo a casais mais desfavorecidos que vêm o estado pagar um abono de pouco mais de 20 euros. 20 euros por mês! Os mesmos 20 euros que custa um pacote de fraldas que dá para 15 dias (ou menos).
Eu sou a favor do aborto porque Portugal não tem um plano de adopção em condições. Sim, porque muitas das crianças que nascem indesejadas pelos pais, vão parar às centenas de orfanatos espalhados pelo país e, a maior parte, aí permanece até à idade adulta, sem uma referência de família.
Eu sou a favor do aborto, para que milhares de mulheres deixem de ser humilhadas, para deixem de ficar estéreis após um aborto clandestino, ou que deixem de morrer por ter praticado a interrupção da gravidez em condições sub humanas. Muitas das camas dos nossos hospitais, estão ocupadas por estas mulheres.
Eu sou a favor do aborto para que estas mulheres possam ter um pouco de dignidade, num momento difícil da sua vida. Eu sou a favor do aborto porque detesto hipocrisia.
Mas desengane-se quem pensa que, caso o sim vença o referendo de 11 de Fevereiro (eu quero acreditar que desta é que vai), a coisa muda de imediato. Puro engano. Muita tinta há-de correr. Simplesmente porque, mesmo com a actual lei, onde o aborto é permitido em casos excepcionais, como mal formações no feto ou perigo de vida para a mãe, o aborto é evitado ao máximo, prolongando o sofrimento da mulher até à última instância.
Infelizmente porque a ‘ética’ ainda se sobrepõe à lei e porque as mentalidades ainda continuam a ser as mesmas de há séculos atrás.

05 janeiro 2007

Ano Novo, vida nova… Naaaaaaaaaaaaaaaaaaa!

Todos os anos por esta altura é sempre a mesma treta. Mil e um planos para o ano que entra, mas chegamos a Março ou Abril e metade deles ficaram na gaveta, à espera de melhores dias. É sempre assim.
Não é fácil fazer mudanças mais ou menos radicais, mas às vezes é desse abanão que precisamos para “abrir a pestana” e, sem dúvida, que o começo de um novo ano é sempre um estímulo adicional.
Por incrível que pareça, não fiz quaisquer planos para 2007, mas o mais provável é que algo aconteça… Hummmm… não sei, estou com um ‘feeling’. Engraçado. Sempre que pensava em mudar algo no início do ano, chegava a Dezembro com aquela sensação de dever não cumprido, com vontade de me penitenciar por coisas que tinha planeado, nunca chegarem a acontecer. Este ano não. Por isso estou com esperança que o destino me pregue uma boa partida. Será sonhar demais?