Ontem, em conversa com umas amigas, onde falavamos sobre o acordo ortográfico, tomei noção que não sabia absolutamente nada sobre o assunto. Hoje resolvi dar uma vista de olhos sobre o que vai mudar e, embora concorde que a nossa ortografia evolua, admito que há coisas que me parecem muito estranhas. Senão vejamos:
O alfabeto português passará de 23 para 26 letras, com a inclusão definitiva do K, do W e do Y. Nada de novo, já que os estrangeirismos há muito que se instalaram na nossa lingua e no nosso quotidiano.
Os meses do ano, deverão ser escritos em minúsculas (janeiro), mas os nomes de sítios, por exemplo (Largo do Carmo ou largo do carmo), poderão ter dupla grafia.
As consoantes mudas vão desaparecer em algumas palavras, mas em outras mantém-se sendo a pronúncia o critério para tal. É o caso de lecionar, ação, atual, anticoncecional, batismo, onde a pronuncia não é afectada com o desaparecimento da consoante 'c'. Já em friccionar, sucção, facto, nupcias ou eucalipto, as consoantes mantêm-se.
Também alguns acentos gráficos, vão ser suprimidos em palavras graves. Crêem, vêem, lêem, passam a creem, veem, leem. Pára, pêra, pêlo ou pólo, passam a para, pera, pelo, polo.
O hífen irá desaparecer em palavras compostas em que o prefixo termina em vogal e o sufixo começa em r ou s, dobrando essa consoante, como por exemplo em ultrassons e ultrarrápido. Sem 'tracinho' irão também ficar as palavras cujo prefixo termina em vogal diferente da incial do sufixo como em extraescolar ou autoestrada.
O hífen deixará ainda de ser utilizado em formas monossilábicas do presente do indicativo do verbo 'haver' como em hei de ou hás de.
O hífen irá continuar presente em palavras compostas onde a última vogal do prefixo coincide com a inicial do sufixo, tais como contra-almirante e micro-organismo. Contudo, existe a excepção para palavras cujo sufixo é iniciado por 'co', que se algutina ao sufixo iniciado por 'o' como em coobrigação.
O acordo ortográfico ainda não entrou em vigor porque, apesar de já ter sido ratificado por três países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) - os necessários para que o novo acordo entre em vigor, falta ainda a aprovação do Parlamento ou do Presidente da República.
De acordo com a Agência Lusa, o documento deverá ser aprovado até ao final do segundo semestre deste ano, não havendo, contudo, uma data exacta.
Certo é que, após a entrada em vigor do acordo ortográfico, haverá uma fase de adaptação de seis anos, onde serão permitidas as duas grafias.
Fontes: proweb.pt.com e Agência Lusa
05 março 2009
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1 comentário:
Vai custar a habituar... vai vai... mas sempre é melhor que os Ks...
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