05 março 2007

Novo PDM da Moita debaixo de fogo

“O dirigente do Bloco de Esquerda Francisco Louçã responsabilizou o primeiro-ministro, José Sócrates, pela eventual aprovação do novo Plano Director Municipal (PDM) da Moita, que irá permitir a valorização de alguns terrenos em mais de dez mil por cento”, escreveu ontem o jornal Público. Louçã chama a atenção para o negócio da autarquia com a Imomoita, que permitiu a esta empresa “comprar um terreno por 300 mil euros e vendê-lo, depois da alteração do PDM para terreno urbano, por 26,7 milhões de euros". Mas o líder do Bloco de Esquerda (BE) alerta ainda para o facto de serem os contribuintes a pagarem os “dez mil por cento de lucro” que a empresa poderá lucrar caso o PDM seja aprovado.
Mas há mais. Além da reclassificação de solos rurais para urbanos, o novo PDM prevê a requalificação de toda a zona da Várzea da Moita, para Reserva Ecológica Nacional (REN), um local classificado como zona agrícola e onde se concentra grande parte da agricultura e pecuária do concelho.
Os protestos dos moradores da zona não se fizeram esperar e, desde 2005 que tentam a todo o custo que o novo PDM não vá para a frente. Os moradores consideram a classificação de REN como um “um erro, uma desnecessidade, um absurdo e uma injustiça”, uma vez que afirmam penalizar as gentes da várzea, que vive, essencialmente, da agricultura.
Com tanta contestação irá o novo PDM da Moita avançar? Sinceramente? Parece-me bem que sim.

2 comentários:

Anónimo disse...

Também li isso e pareceu-me absolutamente ridiculo. Espero que os moradores não se calem. A câmara não é do BE?

Marta disse...

Não. A Câmara da Moita é, desde sempre, do PCP.