23 novembro 2006

Licença para adoptar



Ora aí está! A justiça brasileira emitiu, ontem, pela primeira vez, uma certidão de nascimento em que um casal homossexual masculino responde pela paternidade de uma criança adoptada. De acordo com o Globo Online, a mesma decisão já tinha sido proferida no Rio de Janeiro, mas para um casal formado por mulheres. Sinceramente, a mim pouco me importa se uma família é constituída por um homem e uma mulher, por dois homens ou por duas mulheres e não me faz confusão nenhuma se estes quiserem adoptar uma criança. A Convenção sobre os Direitos das Crianças, aprovada em Novembro de 1989, pelas Nações Unidas fala, entre outros, do direito a cuidados adequados, do direito à educação e do direito da criança ser protegida contra a exploração. Infelizmente, cada vez se ouve mais falar de casos de maus-tratos a crianças, levados a cabo pelos próprios pais, e que em alguns casos leva mesmo à morte dos menores. Isto tudo, para refutar as críticas lançadas aos homossexuais sobre a adopção de crianças. O que importa, na realidade, não é o bem-estar da criança? Não é preferível viver numa casa onde exista harmonia, amor, carinho e compreensão, mesmo que nessa casa vivam duas mães ou dois pais, do que viver num orfanato ou numa casa onde sofrem as mais aterradoras barbaridades vindas de pessoas do próprio sangue? Eu sou bastante a favor da adopção. Acho inconcebível substituir uma criança por um animal de estimação (com os devidos respeitos para as senhoras às quais o apelo da maternidade nunca chega), e se pudermos proporcionar uma vida melhor a uma criança que seja, já será menos uma que terá de viver num orfanato abandonada à sua sorte. Nunca percebi as críticas lançadas a Madonna por ter adoptado uma criança africana, quando antes actrizes como Angelina Jolie, Sharon Stone ou Mia Farrow (que conta com 10 filhos adoptivos) já o tinham feito. Se é por protagonismo, ou por altruísmo, o certo é que são actos louváveis, para mim actos de amor, quer sejam eles vindos de figuras públicas ou anónimas, hetero ou homossexuais.

3 comentários:

Anónimo disse...

Essa cena dos media atacarem a adopcao feita pela Madonna é ridicula. Tb acho que não deve haver discriminacao em relacao ao sexo dos pais e das maes.

Konspiry disse...

eu nao diria melhor,

Maloveci disse...

Rídicula e absurda e eles (media)adoram empolar as notícias, mas ela já se habituou, dá-lhes MADY