16 setembro 2008

Doce, muuuuito doce!

Londres, 11 de Setembro de 2008:


Eram já duas da tarde, quando chegamos ao Estádio do Wembley. Sem pressas (porque sabiamos de antemão que não haveria grande confusão para entrar no recinto) lá fomos levantar os bilhetes. Como não tinha levado nenhuma t-shirt em especial, demos uma vista de olhos pelas baraquinhas do merchandising e lá achei uma t-shirt a gosto. Sem mais demoras fomos andando para a porta de entrada indicada no bilhete. Eram, por esta altura, perto das três da tarde. 
Pouco mais de 150 pessoas esperavam na fila, sentadas e com grandes repastos. A primeira coisa que fiz, depois de me sentar, foi tirar os ténis (malditos) para aliviar a dor da valente bolha que tinha num dos pés. Uma hora e meia depois a organização pedia ao pessoal que se levantasse pois a abertura das portas estava prevista para as cinco da tarde. Passou-se meia hora, mais meia hora e nada. Só perto das seis horas é que, finalmente, o pessoal começou a entrar. Sem grande stress conseguimos ficar na segunda fila da general admission, praticamente na barreira. Como o golden circle nunca enche totalmente, ficamos com uma excelente visão sobre todo o palco. E não nos enganámos. Conseguimos ver tudinho durante o concerto.
Por volta das sete da noite, o DJ Paul Oakenfold abriu as hostes, mas nem os temas mais conhecidos conseguiram aquecer a plateia. Era um prenúncio para o que aí vinha. 
Com quase 40 minutos de atraso, Madonna entra em palco.
Excelente abertura com um jogo fascinante de ecrãs gigantes e uma entrada à altura. Sentada numa poltrona, Madonna entoava as primeiras palavras de "Candy Shop". A partir daqui foi um alucinante jogo de cor, música e movimento que terminou, duas horas depois (parece que foram 2 minutos!), com "Give it to me" em grande estilo.
Apesar do público inglês (pareciam múmias) eu cantei e dancei do primeiro ao último minuto. Ainda consegui irritar uma gaja que estava ao meu lado com os dedos nos ouvidos (ao que parece tinha ido acompanhar o namorado que era fã). Eu, que sou fresca, cantava ainda mais alto, até que contei o sucedido ao Vitó que, prontamente, lhe ofereceu um par de tampões, há muito perdidos na mala...
Madonna não parava. Verdade seja dita, a mulher não parece que tem 50 anos. Fartou-se de dançar, e bem, mas a voz, por vezes, perdeu-se na imensidão do Wembley.
Poucas foram as vezes que o público entrou em êxtase, mas a nova versão de "Like a Prayer" parece ter acordado as múmias do sono eterno. Também "Ray of Light", "La Isla Bonita/Lela Pala Tute" (acompanhada por um excelente grupo, referenciado por Gogol Bordello) e o inevitável "Give it to me" lá conseguiram arrancar palmas e saltos ao alienado público inglês. O velhinho "Express Yourself" cantado acapella entre Madonna e público, foi outro dos momentos altos.
Finalmente o "Game Over" escrito num dos ecrãs, dava por terminado o espectáculo. E foi isto mesmo que aconteceu em Wembley, um grande espectáculo. Cá esperamos pelo próximo, aqui em Atenas, já no dia 27...

2 comentários:

Viagens Lacoste disse...

Fomos ver o concerto aqui em Lisboa no Domingo, nunca fui fã de Madonna mas a curiosidade era grande. Quanto à Madonna, é um animal não pára durante quase 2 horas, tiro-lhe o chapéu. O resto esperava mais, quando ouvi dizer que trazia na comitiva 30 costureiras imaginei que seriam 50 ou 60 pessoas no mínimo a dançar em cima do palco num espectáculo de luz e cor inesquecível. Parece que a tour anterior foi mais assim que esta confirmas Marta? As misturas das músicas do moderno com o antigo mostram que Madonna não está na moda, a Madonna marca a moda que é diferente. O recinto não é o ideal mas pronto deu para me matar a curiosidade mas esperava mais Broadway do que foi. Enganei-me na tour :))
Bjs

Marta disse...

De facto, a última tournée tinha mais gente em palco. Muito movimento, muitas coisas a acontecerem ao mesmo tempo. Aqui ela apostou forte no grafismo dos grandes écrãs o que eu achei fabuloso. Toda a gente sabe como é a Madonna. Nunca faz duas coisas iguais. Nenhuma tournée foi igual a outra. Não achei que ficou mais pobre. Não acredito que consiga bater a Confessions ou mesmo a Blond Ambition Tour (a minha favorita), mas é igualmente espectacular!